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Na empresa, jovem quer autonomia e projetos relevantes

O que faz profissionais jovens escolherem uma empresa para trabalhar nem sempre é o mesmo que os mantêm no emprego.

Estudo da companhia de ensino corporativo Affero Lab e da consultoria Clave mostra que, embora alguns aspectos como remuneração competitiva e qualidade de vida se mantenham importantes antes e depois de começar um novo trabalho, outras práticas perdem ou ganham relevância para esses profissionais.

A pesquisa foi realizada com mais de oito mil brasileiros com até 31 anos de idade que trabalham em grandes empresas de diversos setores. Para eles, o que mais pesa na preferência por uma vaga é ter boas perspectivas de carreira - isso influencia 70% na escolha pela companhia e 58% na decisão de ficar no emprego. Apesar da diminuição, é o aspecto mais citado pelos jovens participantes em ambos momentos.

As maiores quedas se dão quando analisada a importância dada à oferta de treinamentos formais e benefícios. Enquanto 60% dos jovens consideram cursos um ponto que os atrairiam para uma empresa, apenas 23% acham que isso os manteria na companhia. Para o CEO da Affero Lab, Alexandre Santille, isso não reflete uma falta de interesse no desenvolvimento profissional, mas sim uma maior valorização de processos menos formais. "Após entrar na empresa, o jovem vê que não é só na sala de aula que ele se desenvolve. Cai a importância do curso em si, mas não a da aprendizagem", diz.

Santille sugere que empresas prestem mais atenção a outros formatos de treinamento como 'job rotation' e a participação em projetos com pessoas de áreas distintas da organização. Já a importância dada aos benefícios cai de 41% para 9% quando avaliados os momentos de atração e retenção. A razão, segundo Santille, é a mudança na percepção do jovem após ter acesso aos benefícios - como eles tendem a se manter iguais depois da entrada na companhia, não são mais tão valorizados.

Para o especialista, o foco do jovem ainda é sentir que ele pode crescer na organização. Para garantir que essa mensagem seja passada, é essencial que as oportunidades de crescimento apareçam tanto formalmente - com políticas de avaliação de potencial e sucessão estruturada de forma transparente - quanto culturalmente - por meio de um ambiente que proporcione e incentive a mobilidade dos funcionários dentro da companhia. Do contrário, eles irão procurar essa possibilidade em outras empresas.

Esse contexto se reflete nos dois únicos aspectos que aumentam de importância entre o momento da escolha da companhia e a decisão de ficar no emprego: ter um trabalho que ofereça desafios e responsabilidades relevantes é citado por 31% na hora da atração e por 39% na retenção, e ter um gestor que dê apoio e autonomia ao funcionário cresce de 21% para 31%. São aspectos sentidos, de fato, após o contato com o dia a dia da empresa, diz Santille.

O que não muda entre os jovens é a valorização de uma vida confortável na qual o trabalho, embora desafiador, não impeça a busca por uma vida pessoal equilibrada. Os aspectos que se mantêm estáveis como relevantes tanto antes e depois de entrar na empresa, citados por mais de um terço dos participantes, são uma remuneração competitiva e a possibilidade de equilibrar vida pessoal e profissional. Isso mostra que se a empresa realmente quer reter seus funcionários mais jovens, não pode ficar só na promessa quando o assunto é qualidade de vida. "Não adianta fazer o discurso para atrair o profissional se ele não vai perceber isso no dia a dia", diz Santille. Fonte Jornal Valor (LA).

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