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É postar ou perder

Só para o Brasil: campeã no ranking das marcas mais valiosas de 2013 pelo instituto Millward Brown, a maison francesa Louis Vuitton lançou em agosto seu e-commerce exclusivo para os brasileiros.

O País é um dos oito no mundo a ter o serviço da marca.


Grifes de luxo têm investido cada vez mais no mundo digital. Mais do que relacionamento com o cliente, usar bem as mídias sociais virou prioridade no plano de negócios de marcas consagradas como Louis Vuitton, Burberry e Porsche

Quando o executivo britânico Christopher Bailey assumiu o cargo de diretor-criativo na Burberry, em 2001, foi incumbido de uma missão nada fácil, a de rejuvenescer uma marca que à época tinha quase 150 anos de vida.

Para detonar a imagem conservadora da grife, Bailey contou com a ajuda de Angela Ahrendts, CEO da empresa desde 2006, que o apoiou na execução de uma estratégia que muitos desacreditavam: investir maciçamente no mundo digital.

Apenas em 2009 o plano foi posto em prática, com desfiles transmitidos ao vivo pela internet e o início de um trabalho em redes sociais. Cinco anos depois, a marca possui nada menos do que 16 milhões de fãs em sua página do Facebook.

Eu também quero beijar: projeto idealizado por Christopher Bailey, da Burberry, criou um correio-elegante de beijos enviados via Google Earth e Street View.

Um dos casos mais interessantes da guinada modernizante da Burberry, por exemplo, foi produto de uma bela sacada.

No dia dos namorados no Brasil, 12 de junho, a empresa lançou na internet um aplicativo em parceria com a gigante Google por meio do qual o fã poderia postar um beijo seu e enviá-lo a qualquer pessoa no planeta via Google Earth ou Street View e que continua no ar até hoje.

Para captar a imagem, é preciso baixar o programa e beijar a tela do computador ou smartphone com touch screen, para digitalizar os lábios via Google Chrome, usando a câmera do computador.

Depois, é só enviar. Em formato de carta, dá para acompanhar a viagem do beijo em uma tela mapa-múndi.
 
Com essa ação, a Burberry aproveitou para divulgar sua linha de maquiagem, no mercado há mais de dois anos, uma vez que é possível escolher entre as cores de batom disponíveis na atual coleção.

Primeiro lugar da lista da Millward Brown, a Louis Vuitton investe na personalização de seu website, que permite ao cliente criar seu perfil, marcar as peças favoritas e ter acesso ao histórico de compras.

Neste mês, a marca lançou seu serviço de vendas on-line exclusivo para o Brasil, um dos oito países do mundo a contar com o e-commerce da maison. “O relacionamento com um consumidor de luxo digital tem mais a ver com um estreitamento de relação entre a marca e o cliente do que ofertar produtos”, afirma Rodrigo Arrigoni, diretor da agência especializada em inteligência digital R18.

Curtiu?: Projeto vencedor do concurso de custo-mização do Porsche 911 proposto aos mais de cinco milhões de fãs da montadora alemã no Facebook.


Por isso, no louisvuitton.com é possível encontrar notícias sobre assuntos que não se restringem à moda, como turismo e arte.

“As marcas de luxo não podem mais correr o risco de ficar fora da vida on-line”,afirma Sandra Turchi, professora de marketing digital da ESPM.

“Se elas ignorarem o mundo virtual e as mídias sociais, estão ignorando seus próprios consumidores.” Preocupada em atingir um público mais jovem e conectado na internet, a paulistana Trousseau, especializada em roupas de cama, mesa e banho premium, lançou primeiro em seu site a linha Casual, com foco em recém-casados ou jovens que estão comprando seu primeiro apartamento.

“Apostamos nessa estratégia para atingir consumidores de entrada da marca”, afirma Romeu Trussardi Neto, fundador da Trousseau. “Esse modelo on-line oferece mais comodidades aos novos clientes.”
 
COCRIAÇÃO EM ALTA Para Sandra, da Espm, a principal tendência do mundo digital é ir além nesse relacionamento com o consumidor. O novo ponto é permitir que os fãs participem dos processos de criação.

É o caso da fabricante de automóveis Porsche, que, no início de agosto, apresentou uma versão customizada de seu modelo clássico 911, que contou com a colaboração e palpites de seus 5,8 milhões de fãs no Facebook.

Segundo Anto­nella Demasi, diretora de relacionamento para a América Latina, a montadora alemã não usa as plataformas digitais para fazer e-commerce, mas como um canal de comunicação para entreter e informar os clientes sobre os produtos da Porsche.

“É uma maneira de trazer os fãs para mais perto da marca, com muita interatividade”, afirma Demasi.

A francesa Citroën também usa o mundo virtual para se aproximar de seus admiradores no mercado automobilístico.

No ano passado, os quase dois milhões de fãs no Facebook puderam conceber como seria a festa ideal de lançamento do modelo DS3.

Batizado de DS3 Party Experience, o concurso cultural premiou o dono da melhor ideia com a realização da festa no espaço-conceito da marca, no bairro dos Jardins, em São Paulo, tal e qual foi sugerida.

Só que, desta vez, no mundo real. “A rede social virou unidade de negócio”, diz Ale­xander Greif, gerente de publicidade da Citroën.

“Ela gera um volume enorme de intenções de compra.”

 

 

 Em São Paulo, o Hotel Emiliano faz um rastreamento do Instagram de seus hóspedes-clientes para estreitar a relação.
Se um deles posta sua paixão por chocolate, poderá ser surpreendido em sua próxima estada com o doce ofertado no quarto. Se for aniversário do filho, o hotel envia um cupcake.

Outra vantagem de se usar bem as mídias sociais é a agilidade para o gerenciamento da imagem da empresa.

Boatos negativos, por exemplo, podem e devem, segundo ele, ser rapidamente respondidos na rede, de forma objetiva e transparente.

Sandra Turchi alerta sobre os cuidados que devem ser tomados com velocidade em se posicionar nas páginas sociais.

Mais arriscado do que ficar offline é não estar preparado para lidar de forma rápida com as interações dos consumidores.

“Eles querem ser ouvidos e a negligência pode manchar a reputação de uma marca na internet”, afirma Sandra. Fonte Revista Isto É Dinheiro.

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